Tenho-me debatido com o meu presente. Tenho estado vigilante, percorrendo os minutos sem pensar, com intervalos de tempo em que penso no futuro e em tudo aquilo do passado que acabou por criar o estado em que as circunstancias ocorrem. Tem sido dual! Tem sido agridoce! Tem sido maravilhoso e aterrador, pois, fiquei a saber que fui e Sou responsável por toda a criação ao meu redor.
Tenho estudado bastante as leis que regem o universo em que o nosso planeta está inserido e fiquei estupefacta ao entender que tudo acaba por ser um simples soprar de balão. De quem? De cada um de nós!
Temos vindo a queixar o tempo pelos humores, a culpar os partidos pela má gestão da economia, a justificar a nossa infelicidade com a quantidade de seres tenebrosos que nos fazem as maiores atrocidades, sem ver sequer que a responsabilidade de tudo é de quem cria o terreno propicio a tais circunstâncias: nós.
A física e a ciência têm feito trabalhos maravilhosos, no que diz às investigações feitas, relativamente ao estudo das partículas subatómicas e chegaram a conclusões fantásticas e bem elucidativas, que tenho vindo a partilhar aos meus amigos e colegas e que nenhum, e nenhum mesmo, tem qualquer reação. As pessoas teimam em ficar fechadas no mundo da Auto pena, no mundo fechado do “azar” que lhes calha.
Eu não sou ninguém para criticar, e isto, nada mais é do que um texto, para me retirar desses pequenos mundinhos que me fui inserindo e que me trouxeram às circunstâncias aterradoras que me envolvem. É um simples apelo a mim própria, e que quem quiser tomar parte dele e ganhar algo com isso, só posso ficar grata, mas a minha gratidão cabe me a mim, e aqui sirvo me de serva perante esta qualidade que ultimamente tem sido usada por poucos e que só agora alguns andam a entender, mas não a praticar.
A vida corre com as circunstâncias difíceis com as quais temos que lidar, que, sem nos apercebermos, são aquelas com que estamos a lutar: as consequências das escolhas que fomos fazendo ao longo do tempo, os pensamentos que fomos alimentando que provocaram esta realidade tão podre que todos veem.
Pois eu na minha vida tão difícil e complicada, consegui acordar a tempo, e no meio de todo o lodo, a vida sorri me de uma forma maravilhosa, quando o sol nasce pela manha me dá cores de infinita beleza, quando faço a minha longa caminhada pela manhã e me deparo com o voo de borboletas a acompanhar, quando sinto o abraço quente das minhas pessoas grandes e pequenas… quando vejo que a vida tem algo bem mais merecedor de atenção que é quase nada percetível aos olhos com que nos ensinaram a ver. E agora digo que escolhi ser feliz dentro de mim, para a minha realidade ser um belo cenário no dia de amanha.
Fala se muito do terrorismo, da guerra do petróleo, das catástrofes naturais. Sim… é cruel!
Mas deixem-me explicar-vos uma coisa bem simples de entender.
Eu tirei um curso de Naturopatia ( Vis Medicatrix-Naturae – a arte de proporcionar ao doente a cura e a prevenção da doença através de técnicas e fórmulas, assentes com a Natureza. Este conceito foi falado por Hipócrates em 650 a.C. e foi aprovada como profissão na Lei do Enquadramento Base das Terapêuticas Não Convencionais, em 2003 pelo Parlamento Português. É uma técnica que vê o ser humano como um todo – mente, corpo e espirito – e vai ás causas para tratar o problema, utilizando vários módulos terapêuticos como Fitoterapia, Homeopatia, Sais de schussler, Nutrição, etc. de maneira a restabelecer o equilíbrio natural do organismo e a saúde que é nossa por direito e por dever ) e nele deparei me, não só com as técnicas de cura existentes como uma filosofia assente em Leis da Natureza, nas quais existe uma que é denominada como a Lei da analogia e define se com a verificação de que o que acontece em pequena escala acontece em grande escala e vice-versa, porque esses “acontecimentos” são regidos, sem exceção pelas mesmas leis. Ora bem, este facto está comprovado com a observação do movimento do átomo, que se iguala perfeitamente ao movimento de uma galáxia.
Onde eu pretendo chegar com estas definições e explicações é que, preocupamos nos com o que está a ocorrer no mundo, essas catástrofes e atrocidades e não nos preocupamos de todo em perceber onde está a origem em pequena escala, pois não damos atenção suficiente ao que produzimos na nossa mente que, por consequência, esta a produzir a nossa realidade, inclusive esses mesmos atentados e coisas catastróficas.
Claro! Fica mais fácil culpar o vizinho, ou os governantes ou as grandes corporações, mas será que não contribuímos para que eles continuem a ter poder? Será que ao desconhecermos o que vai na nossa mente ( a nossa mente consciente é apenas uma pequena parte da mente total. O que se passa no subconsciente é desconhecido e vem apenas em pequenos flash em sonhos ou déjà-vus ), não estamos a fazer parte de um grande número de culpados do crime ao possuirmos pensamentos bem negros relativamente a nos próprios e em relação ao próprio mundo em que vivemos?
Pois, por ter colocado estas questões a mim própria, vi o quanto o trabalho é árduo e o quanto estou no início de um longo, mas divertido processo, que começa em mim e termina em mim mesmo, onde a paz será a tinta para decorar toda a minha mente, em todos os cantos, e ângulos. Mas como custa!… Sempre que penso que já lá estou, lá vem mais um sonho que me perturba, ou mais uma situação que me demonstra como ainda possuo ansiedade, inseguranças e coisas dentro de mim que contribuem para um estado global de guerra entre a minha consciência e o meu subconsciente, entre o ser que foi sendo moldado ao ser que eu pretendo ser, entre mim e todo o meu meio envolvente.
Em certas alturas pensei, que a mudança se daria de um dia para o outro… Que enganada eu estava! Era bem bom se fosse, mas que adiantaria viver se tudo fosse fácil como estalar os dedos e apagar a luz… Não haveria a alegria de um desafio! E se todas as arvores nascessem da terra de um dia para o outro, já com frutos e tudo? Seria bom? Eu penso que seria fastgrowing, e tudo o que acontece em termo fast, em fast acaba, né? Viveríamos uns segundos e não anos, pois nem nos valeria a pena nos relacionarmos, pois, não necessitaríamos de aprender nada com eles, porque era num estalar de dedos que viria a sabedoria.
Pois bem, as coisas funcionam de uma maneira bem mais curiosa e interessante, e diz-se por ai que só deixamos este mundo quando a nossa missão está cumprida, ou quando já não temos nada para aprender, daí o processo de aprendizagem e autoconhecimento ser considerado uma viagem, onde somos o viajante, o caminho e apropria viagem em si (principio do Taoismo), e nada nos vale andarmos com queixas do quanto custa estar aqui, porque se estamos é porque existe uma necessidade universal que estejamos aqui vivos, talvez para realizar obras maravilhosas, ou até para endireitar aquilo que os nossos antepassados andaram para aqui a fazer ( sem esquecer que os nossos antepassados podemos ser nós agora reencarnados… nunca se sabe!), ou ainda melhor: para aprendermos a Amar.